Terra da Míriam: Viagens & Cerâmica – 2008/Cunha

Mais do que uma só viagem, mas muitas.

Em 2008, “circunstâncias” me levaram a desejar um afastamento da minha vida diária, e das pessoas que me conheciam. Para me preservar e para pensar. E também para que, ao voltar, o motivo que tinha me levado para longe estivesse vencido, e o assunto da hora fosse a viagem.

Mas ir para onde, e para fazer o quê? Uma viagem de turismo, mesmo que fosse para um lugar exótico, não era suficiente. Devia ser algo que desse a minha vida uma visão diferente. Um rumo alternativo. Seria um período sabático. E para isto teria 40 dias.

E como eu sempre tive intenção de me enterrar mais na cerâmica, mas vinha sempre adiando qualquer iniciativa, a idéia de ir a Cunha veio como um estalo. Conhecer um forno noborigama, e acompanhar uma abertura, foi a primeira idéia. E conforme estudava sobre a cidade, mais desejos foram acrescentados.

Não vou detalhar a minha ida até lá (foram 1500 km desde Porto Alegre), mas dia 16/09/2008 estava lá, com meu próprio carro e sozinha. Para uma estada de 4 semanas.

Nunca tinha ficado sozinha, e em uma cidade onde não conhecia ninguém.

Escolhi, pela internet, uma pousada com cabanas. Queria ter a minha própria casinha. O diferencial, que me fez escolher a Cheiro da Terra (... a terra sempre presente), além das cabanas cercadas de verde, foi o atelier de cerâmica para os hóspedes, e com forno a lenha para queima em alta temperatura.

E a escolha foi perfeita. Simpatia e atenção dos proprietários, em um local muito bonito, e que permitia o isolamento que eu precisava.

Vista de Cunha